Caros amigos, devido a polemica sobre amianto resolvi enviar uma pergunta ao RI da Eternit e gostaria de dividir com vocês a resposta enviada pela empresa:
Primeiramente gostaria de parabenizar o bom serviço de comunicação prestado pelo RI da Eternit, O que me trás a esse contato é a duvida quando a respeito da proibição do amianto caso ocorra a empresa pretende utilizar as fibras sintéticas e repassar o preço para o consumidor final ? Qual percentual do lucro será afetado caso ocorra essa proibição?
Agradecemos o seu contato com a Eternit e suas palavras.
A Eternit, com 72 anos de atividades, é a mais diversificada indústria de coberturas do país, com atuação nos segmentos de louças, metais sanitários e componentes para sistemas construtivos e se prepara para ter produtos do piso ao teto e ser a mais diversificada em materiais de construção do país.
Em relação à questão do amianto, com base nos resultados do terceiro trimestre de 2012, cerca de 32% do faturamento líquido consolidado está ligado diretamente ao amianto, ou seja, à comercialização da fibra in natura; 50% de produtos de fibrocimento e 18% de novos produtos sem a utilização do amianto.
Caso haja uma proibição abrupta, o que não se justifica e não faz sentido, a Companhia perderia cerca de 32% do faturamento líquido consolidado referente à comercialização da fibra in natura o que representa mais de 50% do lucro líquido.
Independente do que ocorra é importante ressaltar que todo o parque industrial de fibrocimento da Eternit está sendo adaptado para a produção com ou sem amianto, sendo assim, os 50% do fibrocimento com amianto podem ser substituídos por outra matéria-prima (fibra alternativa), portanto não haveria perda. Estima-se que a substituição das telhas de fibrocimento com amianto por outras que não esse material pode representar um aumento de custos de cerca de 30%. Este custo seria repassado à preço, o que ocorrerá com todos os fabricantes, pois todos estarão na mesma base de custo. Há que se ressaltar que o mundo não tem fibras alternativas para suprir a demanda brasileira de amianto, ou seja, mais um motivo que não justifica a proibição abrupta.
A Companhia se prepara para ser a mais diversificada indústria de materiais de construção do país. Para isso foi criado um Programa Estruturado de Expansão e Diversificação, que atua nas seguintes diretrizes:
· Crescimento Orgânico: aumentar as atuais capacidades para vender o mais do mesmo.
· Crescimento orgânico Diversificado: Inclusão de novos produtos no portfolio da Companhia, utilizando capacidade de terceiro ou desenvolvimento do produto.
· Crescimento Inorgânico: Consiste em adquirir empresas do segmento de materiais de construção.
As iniciativas deste programa já resultam em cerca de 18% do faturamento (3T12). O objetivo é ter produtos do piso ao teto e ter em torno de 50% do seu faturamento, a longo prazo, ligado a diversificação, ou seja, novos produtos. Confira abaixo os novos produtos do portfólio da Eternit:
· Louças, assentos e metais sanitários
· Telhas de concreto e um portfólio de mais de 30 itens de acessórios
· Filtros e mármore sintético
A Companhia está convicta de que seus produtos são seguros para a população e que a realização de gestão sustentável em suas unidades, não coloca em risco a saúde de seus colaboradores, é o que aponta a pesquisa realizada por médicos ligados a importantes universidades brasileiras e do exterior, de renome, cujo objetivo, conforme projeto coordenado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, foi responder como está a saúde da população que utiliza telhas de fibrocimento e de trabalhadores na mineração.
A Eternit entende que o Supremo Tribunal Federal irá considerar estas evidências técnicas e científicas para julgamento de mérito, não cedendo a pressões de grupos favoráveis ao banimento do mineral crisotila apenas com base na experiência europeia, que utilizou o amianto anfibólio, extremamente tóxico, sem os cuidados necessários, principalmente sob a forma de jateamento.
A questão do amianto está no STF e temos que aguardar sua decisão, o que poderá ocorrer no final do primeiro trimestre deste ano. Independentemente do teor da decisão do STF, a Companhia irá atingir seu objetivo, se for com o amianto ela irá atingir em um menor prazo, se for sem o amianto, o objetivo também será atingido, porém em um prazo maior.
Gostei muita da resposta, foram direto e sem rodeio. Saliento que essa informação não é uma recomendação de compra.
Peço aos colegas que demonstrem seu ponto de vista e comentem sobre o assunto. Outra solicitação é que respondam a pesquisa do lado superior direito
Como alguém que nunca investiu em ações, e procura aprendizado para isso, imagino que num primeiro momento, caso o amianto seja proibido, o mercado se assuste e os papéis destas empresas caiam, o que pode ser um oportunidade de compra a um preço bem abaixo, visando o longo prazo e poder de recuperação da empresa. Estou muito errado em acreditar nisso num primeiro momento?
ResponderExcluiré muito certo que caso a proibição venha é exatamente isso que ocorra com a cotação deste ativo, o que seria uma oportunidade de compra. EM CONTRAPARTIDA há de se ressaltar que para que seja mesmo um bom negócio possamos ter ainda a empresa sólida, crescendo, gerando lucros e contraindo poucas dívidas, e aí é que está a questão : 1) ao rebaixa-la para outro patamar, será que esta empresa ainda terá vantagem competitiva frente aos concorrentes, ou será que agora o setor terá concorrencia mais forte, com menos discrepancia de possibilidades entre as diversas industrias do setor? (o que seria ruim para a ETERNIT) 2) O material substitutivo será mais caro, isso implicará em mais gastos da empresa e segue a duvida : conseguirá ela repassar integralmente isso ao consumidor, que por sua vez será que aceitará este alto custo? Caso não haja esse repasse integral teremos os lucros da empresa em queda. Assim, vejo essa aposta um tanto quanto arriscada, mas é claro válida, pois só lucrará quem arriscar mais...
ExcluirAcho que não, pelo contrário. Está certo. O mercado sempre exagera na dose quando saem estas notícias de impacto relevante (mais psicológico do que técnico). Se o STF proibir a venda do amianto pode acabar é gerando uma boa oportunidade de compra com o possível movimento de queda brusca nos preços.
ExcluirAbcs,
o mercado deve exagerar, gerar uma oportunidade ainda melhor para quem interesse em ser socio da empresa, só que não acredito numa proibição brusca acredito que devem dar um tempo para empresa se arrumar
ResponderExcluirAcredita que se a proibição se de de forma a possibilitar adaptação das empresas, o impacto seja menor, no entanto que ainda possibilite investimento visando o longo prazo?
Excluirsim pois o mercado vai reagir de forma exagerada como aconteceu com os bancos ai se consegue comprar na baixa a empresa terá redução de 50% no lucro liquido "pior cenário", consequentemente o preço do ativo tende a acompanhar essa queda de lucro e no longo prazo recuperar
ExcluirO pessoal do RI já deve ter uma resposta do tipo copy/paste, pois deve chover emails como esse todos os dias... rs
ResponderExcluirMas o caminho é esse mesmo: ignorar notícias e correr atrás das respostas vc mesmo.
vlw troll acredito que é esse o caminho
ExcluirAcho que já li essa mesma resposta lá no blog O Pequeno Invertidor... rs
ExcluirOlá aprendiz, também tenho vontade de me tornar sócio da Eternit mas essa questão do amianto realmente pesa na questão. Nosso ponto de vista pode até ser de otimismo a longo prazo em relação a empresa, mas não temos como prever a reação do mercado.
ResponderExcluirTemos portanto três opções, apostar no crescimento e comprar, apostar no encolhimento e vender, ou ficar totalmente de fora.
Há várias outras companhias com, menos drama, e que podemos nos tornar sócios.
IO, é uma empresa que embuti muito risco, ai vai do perfil do investidor de acreditar da administração da empresa ou não. acredito que no logo prazo essa empresa pode me dar muito DY fora que acredito numa redução gradual do amianto até sua total exclusão . vlw meu amigo
ExcluirCAcete! 82% do faturamento depende do amianto! E não tem fibra alternativa suficiente para suprir a demanda brasileira! Nem pagando 30% a mais!!!!
ResponderExcluirSe o STF proibir, essa empresa fecha! Ou pelo menos perde 80% do valor!!!
50% do lucro liquido queda de 32% da receita bruta ou 18% são dos produtos sem amianto
Excluirreceita liquida
ExcluirE o que interessa realmente? O lucro vai cair 50%.
ResponderExcluirFaça um valuation já considerando queda de 50% do lucro. E ponto final.
[]s!
dimarcinho essa é a ideia, caso não seja proibida ou seja aos poucos já são condições melhores
Excluira questão é vc tem sempre q considerar o pior.
ExcluirSe mesmo assim estiver valendo uma compra, ótimo.
Inclusive, se for esta a situação e NÃO proibirem, será excelente para o investidor.
[]s!
Eu achei a resposta perfeita.
ResponderExcluirÉ a famosa lei da oferta e procura, se esse tipo de produto não tem substituto próximo, os pressos poderão ser repassados ao consumidor sem problemas.
Além do mais, em outros países onde o amianto foi proibido eles deram alguns anos de prazo para as empresas deixarem de produzir, nunca proibem abruptamente.
De qualquer forma, no caos, a empresa perderá 50% do lucro líquido, isso jogará seu PL para algo em torno de 13, o que também não é nenhum absurdo considerando-se que este é o pior cenário.
Tem uma outra coisa nesta empresa que me encanta, o fato de ela não possuir dívidas.
Ela consegue uma rentabilidade excelente sem se alavancar.
Esse é o tipo de empresa que eu gosto.
Abs
somos dois empresas desse tipo são otimas, agora 50% só se for banido abruptamente, fato que não deve acontecer
ExcluirBoa AI.
ResponderExcluirApesar de não mudar meu conceito da empresa, estava querendo ver essa resposta do RI.
Vlw
vlw
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