domingo, 26 de maio de 2013

A história do baixo múltiplo P/L. (PARTE1)





                           Pretendo fazer uma série de post's sobre assuntos abordados nesse livro, Damodaran buscou fundamentos científicos em assuntos considerados "mitos" de investimento como baixo P/L, P/PVPA, empresas de crescimento, ações perdedoras, Etc...
                           O primeiro tema abordado será o baixo múltiplo P/L, milhões de investidores usam diariamente esse indicador para fundamentar seus investimentos, mas será essa uma boa escolha ? Uma ação é considerado barata quando se tem um baixo P/L em relação aos seus pares no mercado, já que considerar empresas de setores diferentes não faz muito sentido, pois as perspectivas de crescimento é diferente para cada setor, por exemplo: considerar um P/L de uma empresa que atua no ramo de shopping center's como a Multiplan com P/L próximo a 30 com uma do setor elétrico como a AES Tiete que tem seu P/L menor que 10 não seria o mais indicado, o primeiro setor considerado de crescimentos rápido devido a força de expansão e a latência de consumo vivenciado pelo mercado Brasileiro, o segundo setor não tem muito para onde crescer já que se trata de concessões tendo um lucro "garantido", caso nosso querido governo não mude a regra do meio do jogo.
                            Uma empresa que seja negociada a baixo múltiplo P/L, não necessariamente seja uma barganha e sim seja avaliada pelo mercado devido suas perspectivas ruins. por exemplo: Gafisa, Oi.
                            O múltiplo P/L seria a forma mais simples de analisar empresa que apresentam cotações diferentes, dividimos o preço atual da ação pelo Lucro por ação P/L=preço da ação/LPA.
                            Citarei o exemplo de duas ações do mesmo setores que apresentam múltiplo muito diferentes e caso um investidor descuidado analise apenas esse indicador optaria por uma das empresas sem saber o motivo real dessa diferença, Multiplan e BRMALLS são empresas de crescimento, onde a primeira apresenta P/L próximo a 30 como foi falador anteriormente, a segunda apresenta um P/L de 6. O motivo para essa discrepância e por que a a segunda empresa joga o valor da valorização de seus imoveis como lucro, seria mais ou menos assim: ela tem um lucro de 100 milhões(dinheiro)  e uma valorização imobiliária considerada em 100 milhões ela considera o lucro no período de 200 milhões que no meu ver dificulta a analise da empresa, já que não é garantia que ela consiga vender esses imoveis com essa valorização.
                           Uma forma alternativa de comparar empresas com utilizando o múltiplo P/L seria em relação a renda fixa, (P/L)-¹= LPA/preço da ação. Para exemplificarmos, uma ação que tenha um múltiplo de 8 teria um rendimento do lucro de 12,5%.
                         
Obs.  No inicio tinha pensando em fazer um post apenas sobre cada tema, mas percebi que cada um ficaria muito extenso e chato para leitura, logo dividirei em no máximo 3 partes cada um para que o leitor não fique entediado.

4 comentários:

  1. Sempre tive curiosidade de entender esse lado do P/L, apesar de nunca ter me fundamentado nele. Muito bom post.

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  2. Olá A.I, algumas pessoas o chamam mito P/L. Bom post e ficaremos no aguardo de novos!

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  3. Escrevi sobre algo parecido no meu post sobre a Ambev.

    Isoladamente o P/L não representa nada.

    []s!

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  4. Gostei muito do seu blog, é muito informativo e direto!
    vi que temos um objetivo em comum: independência financeira!
    por isso gostaria de te fazer um convite para um grande projeto que pode te levar a isso! como não achei e-mail para contato, caso tenha interesse em conhecer mais, peço que mande um e-mail para roiz.js@gmail.com

    abraços, Jessica Rodrigues

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